O Brasil é o maior produtor de cana de açúcar do mundo, com uma área cultivada, na safra 2005/06, de 5.887.200 ha e produção de 436.781.200 t de matéria prima. O maior estado produtor é São Paulo com 265.543.300 t decorrente de uma área cultivada de 3.146.600 ha.
Dentre as inúmeras operações envolvidas no sistema de produção agrícola, atualmente, todas elas podem ser totalmente mecanizadas. As etapas envolvidas no plantio, somente nos últimos anos, passou a contar com a opção de mecanização total, pois, até então, elas eram e são, em sua grande maioria das áreas, executadas na forma semimecanizada (sulcação - adubação e cobertura de sulco mecanizados e, distribuição, alinhamento e picamento das mudas, manuais).
\r\nPor outro lado o setor sucroalcooleiro está passando por aumentos significativos de áreas cultivadas, diminuição de mão de obra agrícola disponível e a busca de redução de custos de produção, o que justifica, amplamente, a introdução da mecanização total nas etapas de plantio. Diversos grupos do setor, principalmente sediados no Estado de São Paulo, vem desenvolvendo testes e estudos comparativos entre a opção mecanizada com o plantio convencional. Ocorre que, nem sempre, se encontra um rigor metodológico adequado e padronizado nestas análises, o que tomam limitadas as observações obtidas e suas aplicabilidades como referência para tomadas de decisão. Merece destaque, todavia os esforços que a Usina São Martinho (SP) vem desenvolvendo e o que a torna, sem dúvidas, uma das que melhor experiência tem apresentado, no Brasil, no que se refere a plantio mecanizado.
\r\nPor se tratar no Brasil, de uma inovação no que se refere a esta opção, plantadoras de fabricação nacional estão sendo oferecidas ao mercado, constituindo se em dois grandes grupos: as que recebem as mudas na forma de rebolos provenientes de colheita mecanizada (a Santal Equipamentos S.A. oferece ao mercado, um \kit\" emborrachado, para colhedoras, específico para colheita de mudas) e as que, cujas mudas, são carregadas nas máquinas na forma de colmos inteiros para posterior fracionamento em rebolos.
\r\nTodavia, as operações de plantio, sejam mecanizadas ou não, envolvem além da colocação dos órgãos de desenvolvimento vegetativo em condições ideais, permitidas pelas condições edafoclimáticas da área comercial - a correta quantificação e posicionamento do fertilizante que ficará disponível durante o desenvolvimento do ciclo fenológico da cultura e a adequada aplicação de agro químicos para combater ou controlar 'as pragas de solo.
\r\nPor outro lado não se deve esquecer de outras variáveis intervenientes e não menos fundamentais para o sucesso de um sistema de produção agrícola. Entre elas a questão da nutrição e adubação, que em face, inclusive, dos custos dos fertilizantes, merece especial atenção do produtor, razão pela qual este texto apresenta a ênfase necessária. A questão de ambientes de produção, manejo de variedades, tecnologia de A.P. caracterizando se ferramentas que o conhecimento científico coloca à disposição de usuários, também são contempladas. Por fim, noções básicas fitotécnicas, por vezes esquecidas, na atividade comercial, são aqui lembradas.
\r\nDesta forma, se apresenta pelo texto ilustrados por 259 gráficos, figuras e fotografias e com base em 125 referências de maneira sintética, mas, sem perda do fundamental, o atual estádio de conhecimento existente a respeito do plantio de cana de açúcar e demais questões intrinsecamente a ele associadas. Não se teve a pretensão de esgotar o assunto, mas tão somente, como o próprio título se apresenta, reunir o atual Estado da Arte desta fase do processo de produção da cana de açúcar, na região Centro Sul do Brasil.
\r\nAgradecimentos aos colaboradores deste texto por suas inestimáveis participações, que o tornaram mais abrangente, às empresas que emprestaram o necessário \"apoio cultural\" sem o qual esta obra não teria sido editada e, por fim, à Fealq, por todo apoio logístico que sempre oferece.
\r\n198 Páginas
Formato: 22 x 28cm - Brochura
Ano 2007 / 2ª Edição
Autores: T.C.C. Ripoli